Soulvars é um JRPG baseado em pixel art, desenvolvido pela Ginolabo e publicado pela SHUEISHA GAMES. O jogo é inspirado nos JRPGs clássicos, mas com um toque moderno, apresentando o sistema Soulbit, que eleva o combate baseado em construção de decks a um novo nível.
O título ao invés de usar o método tradicional de deckbuilding, ele introduz um sistema inovador chamado Soulbit. Com ele, os jogadores podem realizar uma série de movimentos impressionantes e táticos, além de realizar mais de 100 ações.
No artigo de hoje eu analiso por completo o game e trago a minha visão geral com pontuação para cada tópico.
Assista em Vídeo
Ambientação
Os cenários apresentados em Soulvars são todos excelentes, bonitos e altamente coerentes para com o tema proposto.
Os gráficos pixelados (em Pixel Art) também foram muito bem aproveitados e dão ao game a atmosfera perfeita para o que ele se propõe. Cenários futuristas, cheios de tecnologia e mecanismos inimiagináveis são encontrados ao redor do mundo.
Apesar disso, os ambientes são bastante repetitivos e isto pode ser ruim quando jogamos em sessões mais longas. O ideal para este jogo seriam sessões mais curtas, evitando assim o enfado de estar vendo sempre os mesmos ambientes, sempre iguais.
Os mapas são grandes, porém muito repetitivos. Você passa, por vezes, mais de uma hora percorrendo caminhos em locais tão parecidos que tornam fácil se perder. Mesmo com o auxílio de um mapa.
Trilha Sonora de Soulvars
A trilha sonora me agrada imensamente. As músicas são bonitas e extremamente coerentes com a temática e com os ambientes onde são tocadas.
Porém, parecem ter sido pensadas como blocos e não como loops. Nos momentos de repetição a imersão é quebrada com uma pausa totalmente perceptível nas músicas de fundo. Isto certamente retira pontos da avaliação.
A seguir, deixo músicas da OST de Soulvars para a sua apreciação.
As músicas podem ser ouvidas na íntegra em @tabibitodre4822
Jogabilidade
A jogabilidade é ótima. Os comandos são assertivos e precisos. A interface de usuário, no entanto, é complexa demais e exibe informações em excesso.
Isso, além de afastar os mais novatos no estilo dos RPGs, ainda complica a vida até de quem tem mais experiência.
Leva-se tempo até se acostumar com a interface de combate e com os menus do jogo. Mas eles são funcionais e apresentam tudo o que um jogador poderia precisar ter acesso.
O sistema de almas é superinteressante, mas também super complexo no começo. Essa curva acentuada de aprendizagem pode afastar muitas pessoas que não tenham paciência para sentar, ler com atenção e aprender em vez de sair esmagando botões como se estivessem jogando algum tipo de God of War.
História
O início é conturbado e te joga direto no meio da ação e do combate. Você não recebe qualquer apresentação, qualquer explicação de quem é você ou do que você está fazendo ali. Porém, o enredo vai se desenrolando após pouco tempo e você então já se dá conta do que se trata Soulvars.
A história do jogo é sobre as consequências do progresso tecnológico. Contudo, à medida que os humanos aprendem a transformar almas em forma digital, surgem seres grotescos conhecidos como Dominadores para aterrorizar as cidades.
Assim, o protagonista, Yakumo, e seus colegas Soulbearers lutam contra os Dominators que infestam as ruas do Japão. Como parte da organização militar privada, eles utilizam seus combos Soulbit para neutralizar as ameaças.
Dessa forma, cada inimigo é um quebra-cabeça a ser resolvido, um desafio a ser superado. Os jogadores terão que identificar suas fraquezas e combinar ações Soulbit para desencadear poderosos movimentos finais. Além disso, os players poderão explorar a paisagem urbana e caçar Dominadores para adquirir equipamentos raros e poderosos para dominar as Artes finais.
De um modo geral, a história é super interessante e chama a atenção, dá vontade de saber mais. Porém, se torna um pouco genérica durante o storytelling. Isto certamente retira alguns pontos da minha avaliação neste tópico.
Gráficos de de Soulvars
Não há muito o que dizer dos gráficos de Soulvars. É um jogo que fez ótimo uso do Pixel Art, tem texturas bonitas, inimigos interessantes e coerentes com o tema abordado pela história do jogo.
Os ambientes também são coerentes não apenas com o formato Pixel Art, mas com a trama e com a trilha sonora.
Os gráficos são bonitos, dentro das possibilidades de um Pixel Art que não pisa fora da caixa, mas segue o mainstream.
Desempenho
Antes de qualquer coisa, é de suma importância ressaltar que o jogo possui trava automática de FPS. Caso você desative o VSync, o jogo rodará em 30 FPS ou 60 FPS, nunca acima disso. Porém, ao ativar o VSync você pode rodar acima desta taxa caso o seu monitor suporte uma taxa mais alta. No meu caso, o monitor é de 144Hz, então eu consigo rodar Soulvars em até 144 FPS habilitando o VSync. Neste caso, curiosamente a melhor opção é habilitar esta tecnologia.
O jogo é super leve. Ele roda bem o suficiente até mesmo nos gráficos integrados da Intel, que são bastante fracos. Apesar disso, não foi possível alcançar os 60 FPS no UHD Graphics 770 da Intel em 1080p, apenas em 720p.
Como você pôde ver nas imagens acima, não há uma diferença perceptível entre rodar o jogo em 1080p ou em 1440p. Ambos obtiveram 30 FPS.
Vale lembrar que, por se tratar de um jogo com combate em turnos e visual Pixel Art, atingir 30 FPS é o suficiente para uma ótima experiência de gameplay.
Fator Replay de Soulvars
Apesar de o enredo ser interessante, o storytelling o torna genérico e enjoativo se jogado em sessões longas. O ideal é ter sessões mais breves em Soulvars. Ao menos para mim.
O fator replay fica muito prejudicado por conta disso. A única justificativa real para um replay neste game que eu consigo imaginar seria a o jogador não ter explorado os mapas quando teve a oportunidade inicial. Neste caso, vale a pena revisitar para descobrir alguns segredos.
Trailer Oficial
Disponibilidade de Soulvars
Soulvars está disponível para PC via Steam (widget abaixo) e Epic Games (link de afiliado), além dos consoles Nintendo Switch, PlayStation 4|5, Xbox One e Series S|X.
Veredito
Soulvars é um jogo que vem sendo divulgado como um deckbuilding, porém ele não é exatamente isso. Ele tem elementos de deckbuilding, mas seu sistema de almas chamado Soulbit é tão inovador que afasta muito o game dos deckbuilders clássicos.
O game possui ainda alguns problemas que me incomodam bastante, dos quais destaco os principais a seguir:
- A ambientação é bonita, mas os cenários são repetitivos;
- A trilha sonora é bela e compõe extremamente bem os cenários, mas os loops quebram a imersão. As músicas não foram pensadas em loop, mas como blocos;
- Os comandos são precisos, mas muito complexos. Leva-se tempo demais até aprender exatamente o que cada coisa faz. Passa-se mais tempo aprendendo do que jogando durante as primeiras horas;
- A história é boa e chama muito a atenção, mas o storytelling é fraco e entediante. O ideal é jogar em sessões curtas para não se tornar enfadonho;
- Os gráficos são tão bonitos quanto um Pixel Art permite, mas não há qualquer inovação e tudo parece somente OK;
- Por tudo que foi comentado, especialmente na questão do enredo e do stoytelling, o fator replay de Soulvars fica extremamente prejudicado.
Na tentativa de ser o mais justo possível, informo a seguir as minhas pontuações para cada tópico e a nota final de Soulvars:
Soulvars R$ 59,99
Nome: Soulvars
Descrição: Prepare-se para um futuro sombrio! SOULVARS é um RPG por turnos, animado em pixel art e focado em construção de baralhos – no caso, almas –, onde seu grupo de Soulbearers luta contra a invasão de Dominadores em batalhas rápidas e dinâmicas.
Estúdio: SHUEISHA GAMES
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Ambientação - 8/108/10
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Trilha Sonora - 8/108/10
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Jogabilidade - 8/108/10
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História - 6.5/106.5/10
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Gráficos - 8/108/10
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Desempenho - 10/1010/10
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Fator Replay - 4/104/10
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Nota
7.5/10Nota do Público
( votes)Pontos Positivos
- Ambientação adequada ao tema
- Combate fluido
- Sistemas funcionais
- Deckbuilding simplificado
- Variedade de possibilidades
- Super leve
Pontos Negativos
- Combates repetitivos
- Pouca variedade de ambientes
- Se torna enjoativo se jogado em sessões longas
